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 tab Wattímetro "Urubu 50", a história!

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   Tudo começou em 2011 quando em visita ao Adinei PY2ADN  para participar da Fenarcom 2011, oportunidade em que ele me presenteou com uma seção de linha de um wattímetro Bird 43, a qual ele havia recebido de presente do Jorge Jockyman PY3JJ. Como o Adinei havia conseguido um Bird 43 novo, pediu autorização ao Jorge para doar aquela seção, no que foi consentido pelo PY3JJ. Esta seção de linha era de um antigo transmissor VOR que fora sucateado.

   A idéia inicial era comprar o restante das peças e montar um Bird 43. Seria necessário comprar basicamente uma caixa e o microamperimetro originais.

   Porém ficava mais caro que comprar um Bird 43 inteiro. E em 2012 acabei comprando um wattimetro usado (porem reformado), mas em excelente estado.

   Vamos falar um pouco do Wattimetro Bird 43. Ele é fabricado desde 1952! O que o torna tão conhecido e usado pelo mundo todo? Sua robustez e confiabilidade. A precisão não é uma grande marca do Bird 43, já que ela é de +/-5%. Mas atende muito bem. Por ser um wattímetro bastante simples, sem chaves mecânicas você troca de potencia direta para refletida (e vice-versa) simplesmente girando a pastilha. É um equipamento robusto, pode levar esbarrão, ficar no meio das ferramentas e continuará firme e forte. Pode observar que muitos dos wattímetros que você encontra por ai tem a pintura completamente desgastada. Os mesmos têm muitas historias pra contar!

   Esta característica de usar pastilhas de medida e gira-los para ler a refletida simplifica em muito a operação. A grande tacada do sistema do Bird é que você compra uma caixa com a sessão de linha e o microamperimetro. O restante do medidor esta tudo dentro da pastilha. E com isso você pode escolher a faixa de freqüências e o nível de potencia a medir e adquire a pastilha correspondente.  

   Claro que essa "brincadeira" se torna cara, pois cada pastilha custa uma boa quantia, na data que escrevi essa pagina uma pastilha custava algo entre 100 e 300 dólares nos EUA. E para se ter uma quantidade de pastilhas de uma mesma faixa mas cobrindo potencias diferentes, você vai gastar uma pequena fortuna. Mas utilizando com uma chave multiplicadora você pode expandir os limites de potencia das pastilhas que já possui.  

 

   Então a seção de linha ficou guardada aqui até 2021 sem eu ter coragem de gastar uma boa grana com ela e sem imaginar o que fazer com ela. Um belo dia conversando com o Alexandre PU2SEX, saiu o assunto Bird 43 e fui pegar a seção de linha para mostrar a ele. E ai deu vontade de liquidar o assunto e usar a seção de linha que só estava juntando poeira. Se você tem uma coisa guardada que está "incomodando" o melhor jeito dela parar de "incomodar" é utilizar!

   Uma dica! Jamais, repito: JAMAIS desmonte a seção de linha por qualquer motivo! Muito menos para polir! O polimento não trará qualquer beneficio! E a seção de linha tem uma calibragem fina feita em fabrica, uma ligeira curva e existe uma chave especial que gira condutor central para ajustar perfeitamente os 50 ohms da linha. David Eisenberger K8KEM comentou neste vídeo, essa informação.

 

   Tinha aqui um excelente microamperímetro de 50μA fabricado pela Simpson que também estava guardado a tempos para virar algo útil. É sabido que as pastilhas para o Bird 43 esperam um medidor com fundo de escala de 30μA. No bate-papo com o Alexandre ele me enviou um artigo da QST (setembro 2006) que explicava como estender o alcance de uma pastilha em 2 e 5 vezes o valor nominal! Fiquei com um pé atrás mas ele me convenceu que é seguro.

   Por que expandir o alcance da pastilha funciona? Se você pegar uma pastilha 25C (25W 100-250MHz) e uma pastilha 1000C (1000W 100-250MHz) a bobina ou loop captador é praticamente o mesmo para uma faixa de freqüências (é determinado pela letra final do modelo da pastilha), e o que muda é o valor do resistor/trimpot! Se quiser conhecer o que tem dentro de uma pastilha, como ela é construída, recomendo este artigo do Repeater-Builder.

   Ai pensando bem, e se eu trocar o microamperímetro de 30μA pelo de 50μA, ele vai medir a potencia nominal da pastilha até os 30μA e dai em diante teria uma escala expandida. Um boa idéia para utilizar também esse microamperímetro que estava parado a muitos anos.

   Então lançado o desafio, utilizar a seção de linha e o microamperímetro e transformar esse monte de ferro em alguma coisa apresentável.

  Esses pedaços de viga U de 2,63mm ganhei em uma oficina de serralheria, eram sobras. Por uma feliz coincidência a largura deste pedaço de viga maior tinha a largura exata da sessão de linha. Parece que uma coisa foi feita para a outra.

   Foram necessários vários serviços de cortes com a esmerilhadeira e muita solda para chegar em uma caixa. As soldas foram feitas com uma solda MIG e várias por dentro da caixa para que no final pudesse arredondar os cantos da caixa sem prejudicar a estrutura da caixa.

  Cantos arredondados, soldas lixadas, ferrugem eliminada e comparando com um wattímetro Bird 43. Ficou bem parecido né?

 

   Com a parte de soldagem da caixa pronta, a próxima etapa foi iniciar a furação. Por ter utilizado uma chapa de 2,63mm não daria para fazer os furos maiores com a nibbling tool. No disco de corte na esmerilhadeira não dá por causa do tamanho do disco. E na micro retifica (dremel) os discos são muito frágeis. O jeito foi partir para o método raiz, um monte de furos próximos, destacar e limar.

   A tampa foi feita com uma chapa mais fina de 0,8mm e soldei pequenas tiras de chapa de 2,63 na lateral para fazer o fechamento e o suporte das roscas para fechamento da caixa. O suporte de bateria é de fabricação da Patola, mas como eles não proveram qualquer forma de fixação tive que fazer do meu jeito. Duas chapinhas em L, parafusos de cabeça cônica em furos escarilhados pelo lado de dentro do suporte. No mínimo a Patola deve esperar que o usuário fixe este suporte com cola quente. Blergh!

   Os furos de fechamento são M4. Como não tinha um macho M4, o jeito foi improvisar com uma dica de macaco velho. Um parafuso de aço, de preferência allen, com a ponta afinada e cortes feitos em angulo aproximados de 45º de forma que ele fique com uma borda afiada e corte o metal. É uma dica que serve pra fazer poucas roscas, pois mesmo um parafuso de aço não agüenta muito tempo, não foi feito pra isso mas quebra o galho.

   O motivo se escolher um parafuso allen é porque eles geralmente têm classe de resistência 12.9 e o formato da cabeça permite usar uma chave allen como cabo de força para fazer as roscas.

   Hora de testar todas as furações, se tudo ficou no lugar certo, se tudo encaixará perfeitamente. Pode-se observar que coloquei uma chave de alavanca para trocar o modo PEP/AVG, uma chave rotativa que será para selecionar o fator de multiplicação e o battery saver que já foi utilizado em outro wattimetro. O battery saver tem a função de ativar a alimentação da placa PEP por aproximadamente 7 minutos, apos decorrido este tempo desliga automaticamente poupando a bateria.

   Uma peça que faltava e precisei me virar foi o conector DC da seção de linha. O conector é muito parecido com os antigos conectores de microfone utilizados em amplificadores e transmissores Delta (Amphenol 75-MC1F mini). Porem não encontrei para comprar aqui na cidade. Então o jeito foi construir meu próprio conector usando sucatas.

   Mas por que construir o conector? Porque o valor para importar um conector original ficava muito caro, não valendo a pena. Como neste conector circula somente a tensão DC que sai da pastilha, o conector não necessita ser algo de alta precisão e nem tem alguma impedância definida como os conectores de RF.

  Utilizei uma capa de conector de microfone de PX, um conector de antena de autoradio e tubinhos de antena telescópica. Por uma feliz coincidência a rosca do conector de microfone é a mesma! Todo material saiu da lata de sucatas. E como diz meu amigo Fernando, "Se não existe um caminho, eu faço um!".

  Um pedaço de cabo RG58, os terminais olhal foram os que já vieram com o microamperímeto, espaguete termo retrátil e voilá!

   Inicio do tratamento da caixa. Pra prevenir oxidações utilizei um produto desoxidante/fosfatizante da Wanda. O processo de solda causa alguns pequenos empenamentos no metal e também o processo de limpeza e de arredondar os cantos com um disco flap causa alguns riscos na caixa. Para corrigir as partes mais grosseiras levei a caixa num vizinho aqui que é pintor automotivo e ele aplicou massa de poliéster na caixa e me explicou como fazer o lixamento. Levei para esse vizinho porquê a quantidade de massa necessária era muito pequena, cerca de uma colher de sopa e não compensava comprar uma lata de 500gr e largar o resto aqui, pois esse tipo de material deteriora-se bem rápido quando a lata é aberta pela primeira vez.

   Os riscos mais superficiais foram tratados com primer spray.

  E a finalização com lixa d'água 400, o que deixou a superfície muito lisa!

   A pintura resolvi usar tinta esmalte sintético, já que o Bird 43 a pintura original  é eletrostática. A cor escolhida é um pouco mais escura que a original. É a conhecida cinza chassis Scania. Duas demãos de tinta foram o suficiente.

   Encaixando os componentes pela primeira vez na totalidade para ver como já iria ficar. Está ficando bonitão! Quem for observador vai notar que nesta foto o led ficou em cima e o botão embaixo. Mas como o botão da chave de pressão é muito alto, fica ruim de girar a pastilha, atrapalha. Mudei isso na versão final.

   Pode observar que nesta foto já estava com a alça de couro. Conseguir o material pra fazer esta alça foi um pouco trabalhoso. Consegui isso em uma loja de sapateiro, que eles usam lá para fabricar cintos de couro. Pedi para já pintarem de preto, pois tinha a cor natural de couro. A de cima é a original e a debaixo é a réplica.

   Já que chegamos ao assunto da alça, vamos a outras "perfumarias". Os pezinhos de borracha inferiores, fiz usando um vazador e cortando um pedaço de borracha que era um protetor de aro de carro. Simplesmente colei na caixa com cola de cianocrilato. Os pezinhos traseiros foi outra coisa que precisei improvisar. Na casa da borracha aqui da cidade só tinham estes pezinhos de PVC. Mas eles são muito rígidos e não são antiderrapantes. A solução foi se virar.

   Comprei alguns vedantes de torneira de 3/4" e utilizei somente a borracha nitrilica. Esse vedante é aquele modelo que tem um domo de borracha ao invés de uma arruela. Bastou um parafuso de cabeça cônica enfiado sob pressão dentro do furo e pronto. Usei um parafuso sem a borracha para fazer a rosca na chapa, rosqueei os parafusos e encaixei a borracha. Ficou perfeito, olhando depois de pronto ninguém fala que isso são vedantes de torneira.

   Para fixação da alça de couro utilizei parafusos cabeça lentilha de 3/16" com uma anilha feita com tubinho de antena telescópica. Na montagem final também acrescentei uma arruela plástica entre a caixa e alça.

   Para identificação das chaves, fiz uma plaqueta de alumínio escovado, com o texto aplicado pelo processo de transferência de toner. Fiz também uma plaqueta de identificação inspirada na original.

   Agora, talvez alguns se perguntem "por que Urubu 50"? É uma piada. Pois, Bird é passarinho. Então Urubu, pássaro grande. E por que Buzz 50 na plaqueta? Como ela foi toda escrita em inglês, resolvi usar o nome do personagem naquele idioma. Olhe o desenho na plaqueta de identificação. É o Zeca Urubu dos desenhos do Pica-Pau! Para quem não sabe, o nome dele em inglês é Buzz Buzzard!

   A chave de pressão e o led são do circuito "battery saver" que foi reaproveitado do Wattimetro QRP. Com a única diferença que modifiquei o valor de dois componentes.O capacitor C1 passou de 100uF para 220uF e o resistor R2 de 1M para 3M3. Com isso o tempo de ligado ficou em cerca de 7 minutos. O led embaixo ficou bem melhor, não atrapalha tanto de girar a pastilha.

   Inclusive esse porta led tem uma história curiosa. Tenho ele desde meus 14 ou 15 anos, lembro-me que peguei isso em um ferro-velho, era de algum painel industrial. Eram 5 leds desse e sobrou só este. O suporte é todo de metal cromado, o led é resinado no suporte de forma que não da pra trocar e o led é especial, tem 4mm aproximadamente. Como diz o Alexandre PU2SEX, "Led de 1930 =D".

   Utilizei a mesma placa de circuito impresso já feita para o Wattimetro QRP.

   O circuito de medição de PEP utilizei o projetado pelo F1FRV, mas com algumas alterações. Também acrescentei a chave multiplicadora e conexão com os fios por conector KRE. Sim, eu cheguei a ponto de usar terminais tubulares nos fios! Ficou bonitinho!

   A placa de circuito impresso caseira que está instalada, cometi um pequeno erro, mas não foi preciso fazer nenhuma gambiarra nela, a conexão que sobrou ali no conector KRE era pra ser o terminal comum da chave X1/X2/X5, só que ele está ligado errado. No meu caso fiz a ligação com fio mesmo direto nas chaves que foram instalados no painel e problema resolvido.

   Redesenhar a escala do microamperimtro e fazer a calibração é um processo bem trabalhoso. Utilizei um rádio de VHF e liguei os dois wattímetros em série e a uma carga fantasma de 50 ohms. E fui ajustando a potencia do rádio de 1 em 1W e anotando a correspondência na escala original de 50μA. Nas três imagens superiores, as linhas pretas são a escala original de 0 a 50μA e as linhas vermelhas a nova marcação de 1 em 1W. O resultado é a escala com fundo preto abaixo. O desenho foi feito no CorelDRAW.

   A marca e números em amarelo indicam o fundo de escala nominal da pastilha. Então se for utilizar uma pastilha de 25W, deve-se ler na primeira escala, onde está o numero 25 em amarelo. Se for uma pastilha de 100W na escala onde está o 100 amarelo. Foi o jeito mais simples que encontrei de indicar em qual escala deve-se ler.

   Com a escala redesenhada, levei em um laboratório fotográfico e pedi para revelar o desenho em papel foto. Motivo? Foto se abrigada do sol direito dura por muito e muitos anos, não desbota facilmente. Impressão jato de tinta, mesmo com tinta pigmentada desbota em alguns anos. Uma outra alternativa seria impressão a laser colorida em papel couché.

   O resultado final não poderia ter sido melhor e mais gratificante. Um monte de "ferro-velho", duas semanas de trabalho e saiu essa belezura. O Bird 43 pesa cerca de 1,5Kg e o Buzz 50 ficou com 2,1Kg. Nem foi tão grande a diferença por ter feito a caixa em ferro, sendo que o Bird é de uma liga de alumínio.

   Praticamente todo material utilizado na construção desse wattímetro foi reaproveitado de sucata, pois essa é uma das premissas em minhas montagens. Apenas alguns poucos componentes foram comprados novos.

  Downloads:

   - Escala do medidor
   - Placa Battery Saver (para transferência de toner)

 

   Deixo meu sincero agradecimentos a todos envolvidos direta ou indiretamente neste projeto!

   73's!

  

   Nota: E saímos no Hackaday! https://hackaday.com/2021/09/27/homebrew-wattmeter-pays-homage-to-sturdy-original/
 

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