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Capacitor, antigamente chamado condensador, é um componente que armazena energia num campo elétrico, acumulando um desequilíbrio interno de carga elétrica. (definição segundo a wikipédia) Não pretendo falar sobre exatamente o que um capacitor, como ele funciona e sua física envolvida. Esta pagina tem o caráter didático de exemplificar alguns dos tipos de capacitores encontrados e como você lida com a leitura de seus valores. Visto que em alguns tipos de capacitores, existe uma BAITA confusão, até mesmo entre os mais experientes. E já deixo de aviso, caso eu mesmo cometa algum erro, não se acanhe em me corrigir. Esta pagina é um apanhando de várias pesquisas feitas no próprio Google, e meus conhecimentos sobre capacitores. Pode conter algum erro, se encontrar não se acanhe em me corrigir.
Capacitores tem o seu valor especificado em Farads que é a unidade básica, mas por conveniência e facilidade na representação numérica é mais comum se utilizar de submúltiplos dessa unidade básica. Em eletrônica os submúltiplos mais usados são:
A conversão entre um submúltiplo e outro é muito simples. Imaginemos um capacitor de 100000pF. concorda que é um numero muito grande para gravar no corpo de um capacitor? A solução é puxar a "virgula" três casas para a esquerda e subir um submúltiplo (Obs.: dividir um valor por 1000 tem o efeito de puxar a virgula em 3 casas a esquerda). Assim sendo este mesmo capacitor pode ser grafado como 100nF. Mas em alguns caso, com este valor pode acontecer uma simplificação maior ainda. Então basta deslocar a "virgula" mais 3 casas a esquerda e subir mais uma unidade. Assim sendo o mesmo capacitor de 100000pf também pode ser representado como 0,1µF De uma forma bem sucinta a tabela abaixo exemplifica melhor:
Bom, vamos falar dos capacitores em si, vamos começar pelos tipos mais comuns e conhecidos. Sempre irei fazer um recorte da foto acima, e ao lado o texto correspondente. Começando...
Certamente o tipo mais comum e conhecido deles. O capacitor cerâmico de disco ou mais simplesmente chamado de capacitor cerâmico, consiste basicamente em um disco de cerâmica, com uma fina camada metálica em cada uma de suas faces, geralmente esta camada metálica é uma deposição de prata. A maior confusão neste tipo de capacitor fica por conta da leitura de seu valor quando abaixo de 1nF. Existem dois "padrões" que causam muita confusão e certamente é o motivo de muitos circuitos de RF acabarem não funcionando na mão dos menos experientes. O sistema que tenho visto com mais freqüência é o apresentado na figura abaixo, onde os dois primeiros números são os dígitos do valor e o terceiro é o fator de multiplicação. O digito de multiplicação, quer dizer a quantidade de zeros que você deverá colocar a direita dos dois primeiros números. Lembre-se que a menor unidade de medida dos capacitores é o pF (pico farads) então todos os capacitores partem da premissa do valor marcado em pF. Assim sendo, o exemplo da figura abaixo, marcado como 103, você deverá ler como: 10 + 000 = 10000pF ou simplificando e cortando três zeros, 10nF
A letra apos o numero significa a tolerância do capacitor, conforme a tabela ao lado. Os cerâmicos são encontrados desde valores extremamente baixos como 0,5pF até por volta de 470nF. A tensão de isolação nos capacitores modernos (que você vai encontrar a venda no balcão) é geralmente de 25 ou 50V. Capacitores de tensão maior atualmente vem com a tensão estampada no corpo, geralmente você vai encontrar cerâmicos para 1Kv. Os reaproveitados de sucata, se estas forem de velhos equipamentos valvulados, costuma ser de 100V até 500V. Fica um pouco complicado determinar a tensão máxima nestes casos, mas o tamanho do corpo do capacitor geralmente é uma boa pista. Cerâmicos com isolação maior tendem a ser de maior diâmetro e mais espessos. Porem é preciso tomar muito cuidado com a marcação de capacitores abaixo de 100pF, pois ai os dois sistema podem se misturar e se você não conhecer bem o assunto ou não tiver um capacimetro, certamente pode se dar mal. Um capacitor de 120pF, como do exemplo acima (o capacitor do meio) pode vir marcado como 121K que quer dizer 12 + um 0 = 120 ou também pode vir simplesmente marcado 120K. Note que não será 12 + nenhum zero e sim 120pF a 10% de tolerância. Pode parecer meio estranho mas é assim mesmo. Olhe o exemplo abaixo, de capacitores reais. Todos são de 180pF mas cada um marca de um jeito.
Até parece sopa de letrinhas né? Bom, continuando... Nos capacitores atuais, quando você encontrar uma "pinta preta" no topo do capacitor isso quer dizer que ele é NP0 (NP Zero e não NP Ó - Coeficiente de temperatura nulo ou compensado), isso quer dizer sobre o seu coeficiente de temperatura. O coeficiente de temperatura também pode vir codificado no sistema EIA conforme a tabela abaixo (como o caso dos capacitores da foto acima).
Classe 2:
Classe 1: Além do sistema de marcação encontrado acima, existe um outro que já foi abandonado a muito tempo, mas por sorte ainda é possível encontrar capacitores marcados desta forma em equipamentos bem antigos. São os capacitores marcados por três listras coloridas como na foto abaixo:
Neste capacitores, o sentido de leitura é de " baixo para cima", ou seja você tem que girar o capacitor de forma que seus terminais fiquem para cima. Dai a leitura processa-se como nos resistores. Tomemos o exemplo abaixo:
A cores são: Marrom, Verde, Vermelho. Substituindo:
Marrom = 1 Valor: 1500pF = 1,5nF Como exercício, faça a leitura dos valores dos outros capacitores. Ah, em alguns deles parece haver apenas duas faixas, mas não é verdade, a cor que não aparece direito é o marrom, pois devido a cor do corpo do capacitor, da idade deles, a cor já esta meio desbotada e confunde-se com a cor da cerâmica. O pequeno capacito quadrado de 12pF que esta na foto primeira foto dos capacitores cerâmicos, é um capacitor tipo Plate. Abaixo temos uma foto de vários capacitores plate:
Plate é um tipo de capacitor cerâmico cujas principais vantagens e características são: Tamanho ultra reduzido, grande estabilidade no valor da capacitância, baixo custo e uma estreita faixa de tolerância (+/-2% nos capacitores NP0, ou TC, Temperatura Compensada). É um capacitor bastante usado em circuitos de VHF e UHF pelo seu tamanho reduzido e estabilidade. Na tabela abaixo temos os principais tipos de capacitor plate. Neste link você pode baixar o datasheet original de 1974 dos capacitores plate fabricados pela Ibrape, gentilmente cedido pelo Roland, PY4ZBZ. A cor do corpo do capacitor e a faixa colorida que esta no topo, determina qual o tipo de capacitor e suas características, conforme a tabela
Embora a tabela acima fale a partir de 1,8pF, você encontrará capacitores Plate de 0,56pF até 22nF. Os valores entre 0,56pF e 820pF são marcados com o valor e a letra "p" minúscula. Valores de 1nF a 22nF vem marcados com o valor e a letra "n" minúscula. Mas também podem vir marcados com a letra "n" minúscula, na foto acima temos alguns exemplares com esta marcação. Infelizmente este tipo de capacitor me parece que já não é mais fabricado, sendo possível encontrá-lo em estoques antigos ou em sucatas. Se os encontrar, guarde-os com muito carinho!
Você pode pegar o datasheet (colorido!) de 1971 destes capacitores da ibrape aqui, gentilmente cedido pelo Roland, PY4ZBZ. Obviamente este tipo de capacitor não é mais fabricado, mas ainda é possível encontrá-lo em sucatas. No datasheet há referencias a algumas abreviações, as quais "traduzo" abaixo: -
TC = Temperatura Compensada A leitura de seu valor segue o código de cores e o mesmo sistema utilizado nos resistores. Tem a tabela de cores no datasheet acima ou mais pra baixo na sessão dedicada aos capacitores de poliéster, apenas ignore no caso desta tabela as listras 4 e 5, pois os capacitores Pin-Up tem apenas 3 ou 4 listras e o significado da 4 listra é diferente, devendo ser consultado no datasheet mencionado acima. Também não é mais fabricado, e deve ser impossível encontrar mesmo em estoques antigos. O mais provável é encontrar em sucatas de TV valvulada philips ou outras sucatas de valvulados. Um parente próximo do capacitor pin-up é o cerâmico tubular:
O uso mais comum deste tipo de capacitor, era em circuitos sintonizados ou para desacoplamento. O valor é impresso diretamente no corpo do capacitor. Quando na lateral deste houver uma marca preta, quer dizer que são do tipo NP0 e se for roxa, é do tipo N750. Se não houver marca colorida nas pontas, será do tipo "GP", "S" ou "GMV". Para maiores detalhes consulte o datasheet disponibilizado aqui (é o mesmo dos capacitores do tipo "pin-up"). Um lugar que ainda pode-se ver esse tipo de capacitor tubular, são em bobinas de FI de rádios transistores, na parte debaixo da forma da bobina, sempre tem um pequeno capacitor tubular.
Este também é certamente o segundo tipo mais conhecido, juntamente com os cerâmicos. Os capacitores eletrolíticos não tem muito segredo quanto a sua leitura, pois é bem padronizado e o código não tem variações, como no caso dos cerâmicos. Tanto o valor, como tensão e faixa temperatura de trabalho já estão estampadas no corpo do próprio capacitor. O valor vem anotado em micro-farads (µF) a tensão em volts (V) e a temperatura em graus Celsius (ºC). Quando polarizados, o terminal maior é o positivo e existe uma marcação no corpo do capacitor. Só preste bastante atenção que tem fabricantes que costumam marcar o negativo e outros o positivo. Assim sendo preste muita atenção. Apenas a temperatura merece uma explicação um pouco mais detalhada. Os capacitores de 85ºC são utilizados na maioria dos circuitos "convencionais" que trabalham com DC e sinais de áudio. Os de 105ºC são utilizados em circuitos de fonte chaveada e onde é necessário uma temperatura de trabalho maior. Você pode colocar sem problemas um capacitor de 105ºC no lugar de um de 85ºC mas nunca o contrário. Um problema que afeta muito os capacitores eletrolíticos é a variação de sua ESR (resistência interna). Alguma coisa já foi explicada neste texto. Capacitores que tem usa ESR elevada causam mal funcionamento em fontes chaveadas, e é bastante comuns encontrá-los com vazamento do eletrólito ou estufados. A tensão de trabalho merece uma atenção. Você sempre pode usar um capacitor de tensão de trabalho maior do que o indicado, mas obviamente nunca o contrario. Os únicos dois problemas nessa substituição fica por conta do tamanho (já que capacitores de tensão de isolação maior costumam ser maiores) e o preço. Eletrolíticos são encontrados a partir de 0,1µF a até capacitores gigantes de 500.000µF ou até maiores mas mais raros. Alem disso existem dois tipos de eletrolíticos: Polarizados e Bipolares (despolarizados). Os modelos bipolares são utilizados com muita freqüência em divisores para caixas de som. A marcação do terminal positivo e negativo requer um pouco de atenção, pois alguns fabricantes marcam no corpo do capacitor o pólo negativo (mais comum) e alguns o pólo positivo. Mas nos capacitores Radiais, existe uma regra prática, o terminal mais comprido sempre é o positivo. Por ultimo eles também podem ser classificados como Axiais e Radiais. Na foto acima o capacitor laranja é Axial e os outros dois Radiais.
O capacitor de poliéster metalizado tem uma peculiaridade bastante curiosa, que é sua "auto regeneração" no caso de centelhamento entre as camadas, por pulsos de tensão acima do especificado. No caso de haver uma centelha o material metálico depositado sobre a folha de poliéster evapora (por ser uma camada muito fina), removendo a possibilidade de curto-circuito. Alternativamente pode ser utilizada uma folha de poliéster sem metalização e enrolado juntamente com uma folha de metal, um "tubo" ou rolo. Dessa forma se consegue uma tensão de isolação muito maior, porem o capacitor fica grande. É o exemplo do capacitor marrom e do grande capacitor amarelo. A espessura da folha e a quantidade enrolada determina sua capacitância. Os capacitores de poliéster podem utilizar dois métodos para marcar seu valor e tensão de isolação. O meio mais comum e atual consiste em imprimir diretamente no corpo do capacitor o valor, tolerância e a tensão de isolação. Quando houver a marcação da tolerância, este usará o mesmo método dos capacitores cerâmicos, porem com uma menor quantidade de valores, conforme a tabela abaixo.
Modelos mais antigos, geralmente fabricados pela Ibrape usam o sistema de código de cores. Estes eram conhecidos como "zebrinha" devido a suas listras coloridas. Este sistema usa 5 faixas coloridas que indicam o valor, tolerância em % e a tensão de máxima de trabalho. Veja aqui o datasheet original colorido desses capacitores, editado em 1971, gentilmente cedido pelo Roland, PY4ZBZ. A leitura é feita de cima para baixo e segue o mesmo sistema utilizado nos resistores, onde as duas primeiras listras indicam os dois primeiros dígitos do valor, a terceira indica o numero de zeros, a quarta a tolerância e por fim a quinta listra indica a tensão de isolação.
Os capacitores de poliéster estão disponíveis com valores desde 1nF ate 4,7µF . Outra observação importante é que o capacitor de poliéster não tem polaridade.
Este tipo de capacitor é empregado para supressão de ruído oriundo da rede elétrica. São capacitores construídos de forma a agüentar grandes transientes de tensão, pulsos rápidos (advindos de chaveamento de bobinas, motores de escova ou até mesmo raios induzidos das redes elétricas). Ele dever ser capaz de agüentar e absorver esses pulsos por anos a fio, e também de "auto-regenerar". Quando uma centelha ocorre entre as duas placas, por serem construídas de um filme plástico com uma fina camada metalizada, um pequeníssimo furo é aberto no plástico e o material metálico evapora, não deixando o capacitor entrar em curto. Como estes em geral estão conectados diretamente a rede elétrica, eles tem que ser bastante robustos para não entrar em curto facilmente. Inclusive, pode observar que estes capacitores são bem maiores que seus "parentes" se comparados com o mesmo valor e tensão. O capacitor do tipo "Y" é cerâmico e é utilizado para desacoplar a rede elétrica para o chassi do equipamento ou aterramento. Com pode observar pela foto ao lado em geral eles são da cor azul e junto com o valor vem impresso toda sorte de logotipo ou código de certificação. Já o capacitor do tipo "X" é construído tal como os de filme de poliéster e é utilizado em paralelo com a linha de alimentação. E também em seu corpo há um grande quantidade de logotipos e código de certificação. É possível encontrar capacitores deste tipo sem os logotipos de certificação, mas é necessário ficar esperto, pois alguns fabricantes, para cortar custos costuma usar capacitores cerâmicos e de poliéster comuns nessa aplicação. Você vai encontrar este tipo quase sempre na entrada da rede elétrica de equipamentos que usem fonte chaveada.
Aqui apenas uma notinha. Você pode topar com algo deste
tipo por ai: Um capacitor e um resistor em série, encerrado dentro de um
bloco de resina. Isso é um snubber, um filtro RC utilizado para
minimizar o faíscamento de contatos de relés,
O capacitor utilizado neste tipo de bloco, em geral é do tipo X2, e o resistor é do tipo de composição de carbono (não indutivo).
É um tipo meio raro de se ver, visto que devido ao custo,
costuma-se utilizar um capacitor supressor e um resistor, tudo montado
na própria placa. Apenas como curiosidade, este ai da foto, eu retirei
de uma sucata de placa de uso industrial, esse bloco foi fabricado na
Suécia! Observe o resistor de 22R não indutivo encerrado dentro do bloco
de resina.
Este capacitor usa como dielétrico o material Poliestireno. As placas metálicas geralmente são feitas de alumínio ou em alguns casos de cobre, que é depositado sobre a folha de poliestireno, tal como nos capacitores de poliéster metalizado formando uma finíssima camada. São utilizados principalmente em circuitos onde são exigidas baixas perdas. Além disso, possuem coeficiente de temperatura negativo e constante, sendo adequados para circuitos ressonantes utilizando bobinas com núcleo de ferro. Nesses circuitos, devido aos núcleos de ferrite terem coeficiente de temperatura positivo, consegue-se uma grande estabilidade da freqüência de ressonância com a temperatura. São empregados também no acoplamento entre estágios de alta freqüência e filtros RC, capacitor de amostragem para conversores ADC e circuitos osciladores. Proporciona ótima estabilidade em VFO para HF. É necessário tomar alguns cuidados ao utilizar e manusear estes capacitores, pois os terminais geralmente são frágeis e partem com muita facilidade, rente ao corpo do capacitor. E também são sensíveis ao calor, por não terem nenhuma proteção mais resistem ao lado de fora de seu corpo, tome cuidado para não tocar o ferro de solda em seu corpo ou colocá-lo perto de fontes intensas de calor, como resistores de fio. O valor é expresso em pF (pico-farads), no exemplo ai ao lado o capacitor maior esta marcado 10000K, ou seja é um capacitor de 10000pF ou 10nF, A letra K indica que ele tem tolerância de ±10%. Outra letras podem ser usadas, a tabela abaixo tem a equivalência de cada letra.
Observe também que alguns dos capacitores da foto acima, apresentam um anel vermelho ou preto em um dos lados do capacitor. Isso não indica que ele é polarizado mas sim o lado preferencial para colocar do lado GND (preto ou sem cor) ou ao +Vcc ou ainda lado com potencial maior. São capacitores de difícil obtenção hoje em dia, mas bastante comuns em sucatas de equipamentos da década de 70 e 80, principalmente de TV a válvula.
Este é o que eu considero o "must" dos capacitores. Como o próprio nome já diz, o material
dielétrico é a mica, e as placas do capacitor geralmente são feita por
deposição de prata sobre uma folha de mica. Suas características notáveis são a
perda muito baixa e alta estabilidade com a temperatura e resistência ao
tempo. Mas o dado que geralmente importa são os das pintas marcadas com A, B e C, pois estas indicam o valor do capacitor.
Uma dica para diferenciar os tipos 5 e 6. Veja a cor da primeira pinta.
Se for preta, branca ou prata ele é do tipo 6, se for outra cor, é do
tipo 5. Por não possuir terminais e ser soldado
diretamente sobre as trilhas da placa, isso minimiza as indutâncias
parasitas que terminais introduziriam no circuito. E isso também ajuda
bastante na dissipação de calor quando trabalhando com potencias
elevadas.
Já o trimmer é utilizado onde se necessita apenas ajuste internos e que depois de ajustados não necessitem de alterações. São bastante compactos e podem usar isolação de plástico, ar, mica ou cerâmica. Na foto ao lado, o modelo miniatura e o branco com um "botão" redondo usam isolação de cerâmica. O modelo retangular, o clássico "trimmer cerâmico" de 3 - 30pF e o padder, usam isolação de mica. São bons para circuitos que trabalhe com tensão elevada. O padder é um tipo de capacitor ajustável, seu valor geralmente é bem mais alto que o dos trimmers. Trimmers geralmente atingem 150pF enquanto o padder pode chegar a 500pF. O padder é bastante usado em rádios valvulados para correção de freqüência do oscilador local e/ou do rastreio da bobina de antena. O modelo redondo esquisito que esta bem embaixo na foto é um trimmer concêntrico Philips. O grandalhão a esquerda é o clássico variável de sintonia, a ar. Os capacitores variáveis costuma usar recortes diferenciados em suas placas, que acabam por determinar o seu modo de trabalho, ou seja se serão de variação linear de freqüência, comprimento de onda ou capacitância.
A tensão de isolação dos capacitores variáveis a ar é dada pela distancia de suas placas, assim sendo capacitores pra trabalho com altas tensões, como em taque PI de amplificadores lineares, necessita de um espaçamento compatível nas placas para não centelhar. O centelhamento é um efeito indesejado e pode estragar o capacitor, provocando furos nas placas dependendo do caso.
Um "meio termo" entre os variáveis e os trimmer são os "mini variáveis" ou capacitores ajustáveis, como os da foto ao lado. São usados em circuitos de RF onde é necessário ajuste interno, pois seu eixo é curto e o ajuste feito por uma fenda onde você encaixa uma chave de fenda para o ajuste.
Na parte superior da foto á um tipo bastante curioso de trimmer que é o tipo "borboleta". Este capacitor tem como característica poder funcionar como um capacitor duplo (aterrando-se o eixo) ou um trimmer para altas correntes de RF se usar somente as placas externas e isolar o eixo, pois um capacitor variável comum, com o eixo móvel dentro de uma bucha ou rolamento, pode não prover um contato elétrico 100% livre de falhas. Um uso típico do capacitor borboleta é nas antenas loop-magnéticas. Voltando aos trimmers... Os trimmers coloridos miniatura muRata TZ03 (o modelo verde da foto acima) tem um código de cor que indica sua capacitância máxima e mínima e outros parâmetros conforme a tabela abaixo:
Já os trimmers DAU (o modelo amarelo da foto acima) utilizam outra codificação de cores, conforme a tabela abaixo, alem de terem dois tipos distintos, os de PTFE (teflon) e de polipropileno. Como diferenciar um do outro? Simples, os que tiverem as folhas isolantes (as que estão entre as placas) brancas leitosas, são de PTFE (Teflon) e os que as folhas forem transparentes são de polipropileno.
Outros fabricantes podem utilizar outras codificações de cores, assim sendo no caso usar trimmers reaproveitados de sucata ou quando comprados sem indicação do fabricante ou modelo, a melhor maneira de identificar a capacitância máxima e mínima é medindo com um capacimetro ou LCMeter.
Geralmente é constituído por um tubo de cerâmica ou vidro, com uma placa externa composta de uma camada de deposição de prata ou mesmo um pequeno tubo metálico. Em seu interior há um parafuso que serve como a placa interna e já prove o ajuste de capacitância. A variação de capacitância destes trimmers é grande (diferença entre mínima e máxima), podem atingir poucos PF quando o parafuso estiver totalmente fora do tubo, porem a capacitância máxima limita-se a algumas dezenas de PF, dai o uso muito comum em circuitos de UHF.
Com a crescente miniaturização do circuitos, obviamente os componentes
também quem que acompanhar, pois uma coisa leva a outra. No caso dos
capacitores cerâmicos, para se conseguir valores elevados com área
diminuta, você pode diminuir a espessura da lamina
dielétrica. Esta é a solução seguida pelo capacitores cerâmicos multicamadas. As principais características dos capacitores cerâmicos multicamadas são:
- Tamanho reduzido
Essa técnica é empregada nos capacitores cerâmicos SMD e nos capacitores iguais ao da foto ao lado. Você vai encontrar este capacitores em muitas placas de PC, no desacoplamento dos CI's. Não se assuste como uma coisinha tão diminuta pode ter a mesma capacitância de um "trambolho" de um cerâmico de disco.
Os valores geralmente estão disponíveis desde cerca de 0,22µF até 100µF. Os modelos SMD tem o corpo retangular, via geralmente o corpo tem a cor amarela ou preta. Já os modelos com terminais (pin through hole) tem o formato de gota. A cor do corpo varia bastante de fabricante pra fabricante, podendo ser amarelo, azul, vermelho, laranja, verde, entre outras cores. Como são componentes polarizados, observe muito bem a indicação na hora de montar, pois um capacitor de tântalo explodindo é bem pior no quesito "voar pedaços" do que os eletrolíticos, pois explodem quase que instantaneamente. Alguns fabricantes utilizam a conhecida técnica de deixar o terminal positivo com um comprimento maior para facilitar a identificação.
Ou capacitor de passagem. É um tipo de capacitor
originalmente
concebidos para a ligação de tensão DC em módulos de RF. Ele deixa
passar a tensão DC (e sinais de baixa freqüência), mas bloqueia o RF.
Eles substituem com enormes vantagens os pinos de passagem em módulos de
RF, são rosqueados ou soldados no chassi, a tensão DC passa de um lado
para o outro e a tensão de RF é desviada (ou desacoplada) para o terra. Em alguns modelos de baixo custo, o parafuso é substituído por um a espécie de "rebite" que você encaixa no chassi e solda. É possível encontrá-los em valores que vão desde poucos pF (usados em circuito de UHF e Microondas a alguns nF. Os maiores que já vi foram de 10nF. Uma curiosidade é que em muitos deles não há qualquer menção ou anotação em seu corpo sobre seu valor e tensão de isolação.
Este é um tipo de capacitor cerâmico, muito especifico para uso em RF. Em geral é composto por um generoso disco de cerâmica para prover altas tensões de isolação e os terminais quase sempre são conectados por parafusos. Seu nome se for traduzido a pé da letra quer dizer maçaneta de porta, devido ao fato de vários deles, devido ao tamanho e formato se parecerem muito com maçanetas redondas de porta. Haja criatividade eheh O uso principal deste tipo de capacitor é acoplamento do circuito de placa em amplificadores de RF valvulados, filtros de RF da alta potencia e filtragem e desacoplamento. A tensão de isolação em geral é bastante alta, já vi alguns para até 50Kv. E era enorme!
Esse aqui é uma raridade. Não é mais fabricado, vou
catalogá-lo aqui apenas para fins de registro. O capacitor óleo era
muito utilizado em Sua composição era de fitas de alumínio enroladas e isoladas com papel impregnado em óleo. Este capacitor apresentava muito problema de fugas, devido a contaminação por umidade, devido a borracha de isolação se contaminar com o próprio óleo e começa a se degradar e apresentar fissuras, permitindo a entrada de umidade. Sua tensão de isolação varia entre 600 a 1600V. Os valores de 1nF a cerca de 47nF
Eles eram constituídos por um tubo enrolado de papel e folhas metálicas e tudo isso embebido em cera de abelha ou moldado em algum tipo de resina. Quando for o tipo embebido em cera de abelha é fácil reconhecê-los, pois do lado externo sempre há uma camada de cera pegajosa (e sempre lambuzada de sujeira). Uma forma de remover a sujeira e poder ler o valor do capacitor é embeber um pano em WD40 e limpar tudo, porem sem remover muito da camada de cera. Os tipos embebidos em cera de abelha foram os melhores tipos de capacitores de papel já feitos. A fabricação deste tipo data por volta de década de 1930! Raramente dão problema. Porém existem os tipos problemáticos. Existem alguns que são colocados dentro de tubos de vidro e selados com uma resina ou piche. Em geral vai encontrá-los com essa resina desmanchando ou toda rachada, comprometendo a integridade. Existem outros com o corpo moldado em resina e quase sempre essa resina esta toda craquelada ou rachada. Quando encontrar deste tipo de capacitor, substitua por tipos mais modernos, pois invariavelmente eles já não funcionam mais como deveriam, pois eles contaminam-se muito fácil com umidade. © 2009 |
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