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Hoje é: Dia da Educação | Dia da Sogra
Calculo de transformadores de saída de áudio.
O texto abaixo é de autoria de Alexandre Simionovski
<a.sim(at)gmx.net>, o qual teve a
gentileza de escrever e explicar minuciosamente como se calcula transformadores
de áudio. Cito o texto na sua integra de quando o recebi e deixo os devidos créditos
a ele.
  
Por: Alexandre Simionovski
em: 6/12/2001
Alo, senhores:
Dado o grande interesse demonstrado, vou descrever um processo de cálculo para
transformadores de saída - para válvula ou não...
O que precisamos saber :
a) Impedância primária - Z1 ( ohms )
b) Impedância secundária - Z2 ( ohms )
c) Potência a ser transformada - P ( watts )
d) Tipo de amplificador - classe A com 1 válvula ou push-pull, com 2 válvulas
A impedância secundária será a da carga - geralmente um falante de 4 ou 8
ohms. A impedância primária e a potência a ser transformada vêm do projeto
do ampli - devem ser dadas no esquema, ou utilizadas as existentes nos
datasheets das válvulas de saída...ou ,ainda, determinadas pelo projetista. O
tipo do amplificador...é só olhar o esquema.
Ambos os tipos de transformador são calculados da mesma forma - vamos começar
pelo tipo de 1 válvula :
a) Tensão primária V1 = sqr ( P * Z1 ) , em Veff
b) Corrente primária I1 = sqr ( P / Z1 )
c) Tensão secundária V2 = sqr ( P * Z2 )
d) Corrente secundária I2 = sqr ( P / Z2 )
A esta altura, precisamos estabelecer a freqüência mínima de trabalho do
amplificador, o valor máximo de indução magnética do núcleo e a seção do
núcleo. A freqüência mínima precisa ser cerca de metade ( uma oitava abaixo
) da menor freqüência a ser reproduzida. Um amplificador para contrabaixo deve
responder até cerca de 120 Hz; adota-se, neste caso, f = 60 Hz. Para guitarras,
pode-se utilizar uma freqüência maior - acredito que algo entre 120 a 180 Hz,
não fiz medidas ainda...
É importante notar que existe uma freqüência mínima de resposta para o
amplificador, aquém da qual não adianta descer : é a freqüência de ressonância
do alto-falante ou da caixa a ser utilizada com o ampli. Abaixo da freqüência
de ressonância, o alto-falante não responde mais ( mais ou menos...). É
importante determinar criteriosamente a menor freqüência de trabalho do
transformador ( e, de quebra, do ampli ) pois quanto menor a freqüência, maior
será o transformador...
A indução máxima do núcleo depende do material que vamos utilizar.
Transformadores do tipo push-pull devem utilizar não mais de 10000 G, e a metade
disso para transformadores SE. Quanto maior a indução magnética, menor o
transformador, desde que o núcleo não sature - a saturação do núcleo
introduz distorção.
A seção do núcleo é dada multiplicando-se a largura da perna central do E
pela altura do empilhamento das lâminas. A grosso modo, é a seção do furo do
carretel - mas utilize as medidas do núcleo. Quanto maior a seção utilizada,
menos espiras terá o bobinado, mas o transformador será maior e mais caro. Se
o núcleo for pequeno demais, a bobina não caberá no núcleo. O que se faz é
escolher uma determinada seção, calcular o bobinado e ver se ele cabe no núcleo.
Em caso negativo, recalcula-se o bobinado utilizando uma seção maior.
Uma expressão para estimar a seção necessária é Sg = 6,6 * sqr ( P / f ) ,
f em Hz. De posse de Sg, é só pegar os núcleos da sucata e ir medindo um a
um, até achar um cuja perna central possua uma seção igual ou maior ( não
muito ) que a calculada. Desmonta-se o núcleo, limpa-se o mesmo, e com um paquímetro
faz-se as medidas da perna central e do empilhamento, a fim de determinar a Sg
real do núcleo disponível.
O número de espiras dos enrolamentos é determinado multiplicando-se a tensão
de cada bobinado pelo que se chama Espiras por Volt. O valor das espiras por
volt, para um dado núcleo, uma dada freqüência de trabalho e uma dada indução
magnética é dado por :
E/V = 10E8 / ( 4,04 * f * B * Sg)
onde B = indução em gauss. Cabe avisar que é 4,04 mesmo, pois estou usando Sg
no lugar de Sm, que é igual a Sg / 1,1 ....
Assim, N1 = V1 * E/V e N2 = V2 * E/V
Precisamos determinar a seção dos fios de cada bobina. Para transformadores de
saída, utiliza-se uma densidade de corrente de 2,5 A/mm2 para transformadores
comuns. Logo :
a) Seção do fio primário : S1 = I1/ 2,5
b) Seção do fio secundário : S2 = I2 / 2,5
De posse de S1 e S2, que estão em mm2, escolhe-se o fio mais adequado em uma
tabela de fios esmaltados. Normalmente, escolhe-se a seção imediatamente
superior à calculada...
Escolhidos os fios, podemos verificar se o transformador pode ser construído,
ou seja, se o núcleo consegue encaixar no enrolamento pronto.
Para isto, calcula-se Scu, que é a seção de cobre do bobinado :
Scu = N1 * S1 + N2 * S2 . Observar que S1 e S2 serão as seções reais dos
fios escolhidos, e não, as seções calculadas....
A seção Scu deve ser pelo menos 3 vezes menor que a área da janela do
transformador. A janela é aquele espaço vazio da lâmina E, onde o carretel
encaixa...existem duas, uma de cada lado.Com o paquímetro, mede-se as dimensões
da janela em milímetros, e determina-se sua área Sj em mm2.
Assim, para que o transformador possa ser construído, deve-se ter Sj / Scu >
3,00....preferivelmente, 4,00. Em caso negativo, escolher um núcleo um pouco
maior e repetir o cálculo. Em caso positivo, tem-se N1, N2, S1 e S2
determinados, é só enrolar o transformador.
Detalhes :
Transformadores para amplificadores de 1 válvula trabalham com a corrente
quiescente da válvula circulando pelo primário. Esta corrente magnetiza o núcleo,
fazendo-o trabalhar próximo à saturação e gerando uma excessiva distorção.
Para eliminar este efeito, o núcleo é montado em dois pacotes, um de Es e
outro de Is, ao invés do intercalado convencional. Entre os dois pacotes,
coloca-se um separador de cartolina, cuja espessura pode ser calculada por :
e = ( N1 * I1 * 1,41 - 5,6 * lf ) / ( 1,6 * B ) , em cm .
A grandeza lf é o comprimento médio do percurso magnético. Nas lâminas
padronizadas, este percurso é igual a ( 5,6 * a ) cm, onde a é a largura da
perna central. A espessura do entreferro, convertida para milímetros, é da
ordem de 0,1 mm. Quando este entreferro é muito pequeno mesmo, apenas se faz a
montagem do núcleo em dois pacotes, sem espaçador nenhum. Nunca montar o núcleo
intercalado !!!!
Transformadores para amplis push-pull precisam ter uma derivação no centro do
enrolamento. A fim de deixar as duas metades do enrolamento o mais simétricas
possível, pode-se enrolá-las lado a lado, nestes carretéis que possuem divisão
central, utilizados largamente pelos chineses e japoneses. Não esquecer o
faseamento das bobinas, que precisam estar em série e em fase: o fim da
primeira deve ser ligado ao início da segunda, sobrando o início da primeira e
o fim da segunda. Estes transformadores devem ser montados com o núcleo
intercalado ( como os de força ) a fim de aumentar a indutância primária. As
correntes quiescentes das válvulas circulando pelos bobinados, criarão campos
magnéticos opostos. O campo resultante no núcleo será nulo, dispensando a
necessidade do entreferro.
Em ambos os casos, deve-se enrolar primeiro o secundário, depois o(s) primário(s)
a fim de minimizar a indutância de fuga. Não descuidar do isolamento entre o
princípio e fim de cada bobina primária, nem entre as diversas bobinas, pois
as tensões podem chegar a valores tão altos como 500 V ou até 1000 V ,
dependendo da válvula e da tensão de +B empregada.
Referências e desenhos ??? O livro Transformadores do Alfonso Martignoni. É
velho, mas o cálculo funciona....
Se alguém precisar, o A.Sim. pode fornecer transformadores de saída e força,
através de um amigo que faz bobinagem profissionalmente.
A.Sim.
/EX
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