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Hoje é: Inicio do Outono
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Modo |
Descrição |
A |
Uplink em 144MHz SSB/CW e downlink em 10 metros SSB/CW. Suporta também CW e voz. |
B |
Uplink em 440MHz SSB/CW e downlink em 144MHz SSB/CW. Suporta também CW e voz. Alguns satélites também aceitam RTTY e SSTV neste modo. |
K |
Uplink em 15 metros SSB/CW e downlink em 10 metros SSB/CW. Suporta CW e voz. Este modo pode ser trabalhado com um rádio de HF simples. |
JA |
Modo J Analógico. Uplink em 144MHz SSB/CW e downlink em 440MHz SSB/C. Suporta CW, voz. |
JD |
Modo J Digital. Uplink em 144MHz FM e downlink em 440MHz SSB/CW. (Radio Packet) |
S |
Uplink em 440MHz SSB/CW e downlink em 2.4 GHz SSB/CW. Suporta CW e voz. Muitos radioamadores usam um conversor de 2.4 GHz para 144MHz com um rádio all-mode em vez de comprar um receptor all-mode para 2.4GHz. |
T |
Uplink em 15 metros SSB/CW e downlink em 144MHz SSB/CW. Suporta CW e voz. |
Alguns satélites têm modos duais que operam simultaneamente. Por exemplo, AO-13 pode operar em modo BS de forma que podem ser trabalhado simultaneamente em B e modo S. Outros modos duais comuns são KT e KA.
As bandas também podem ser designadas por letras, conforme ilustrado abaixo:
Sigla |
Banda |
V |
2m (144 - 148MHz) |
U |
70cm (430 - 440MHz) |
L |
23cm (1,24 - 1,30GHz) |
S |
13cm (2,3 - 2,45GHz) |
C |
7,5cm (3,3 - 3,6GHz) |
X |
3cm (10 - 10,5GHz) |
K |
1,5cm |
Q |
5mm |
Satélites de radiamador "LEO", de fácil utilização.
Os satélites de baixa órbita (LEO = Low Earth Orbit) , por serem muitos fáceis de trabalhar, não exigindo antenas de alto ganho e nem rotores de azimute e elevação acabam sendo a primeira opção ao iniciante (atualmente não temos nenhum satélite com orbita Molniya em funcionamento, o ultimo ativo foi o AO-40). Durante o texto irei incluir algumas abreviações utilizadas pelo operadores de satélites para que você já vá se familiarizado com as mesmas. Irei incluir entre parênteses a significado delas.
Este pequeno texto não pretende ser uma referência para operação via satélite, pretende apenas dar a iniciação necessária ou fazer despertar a curiosidade sobre este tema tão "obscuro".
Para se trabalhar um satélite além de conhecer suas freqüências, possuir as antenas adequadas, é necessário saber o horário em que ele ira passar. Para isto são usado softwares de rastreio como o Orbitron, Nova for Windows, Instant Track, etc. Eu tenho usado o Orbitron, por achar a interface mais amigável. Inclusive o Orbitron é gratuito e o autor pede como registro e apoio que apenas envie um cartão postal e/ou um QSL. Vale a pena enviar, se você usa o Orbitron e ainda não enviou um cartão, faça-o!
Efeito Doppler:
Quando se ouvem os sinais de um um satélite em movimento (não geoestacionário), cuja distancia varia em relação a nossa estação, podemos perceber que a freqüência de downlink (ou beacom) esta constantemente diminuindo, devido a variação da distancia. O satélite vai se aproximando com alta velocidade relativa, quando ainda esta longe, esta velocidade diminui até o ponto onde passa tangencialmente a nossa posição (neste instante o efeito Doppler é zero), e depois vai se afastando de nossa estação com velocidade sempre crescente até desaparecer no horizonte. Devido a essas velocidades relativas, começamos a captar o satélite acima de sua freqüência nominal. Por isso há a necessidade de se ajustar a freqüência de recepção durante a passagem do satélite.
Um exemplo prático para entender o efeito Doppler, basta lembrar que se você estiver parado na rua, e uma ambulância vindo em sua direção, até ela se aproximar de você, a freqüência da sirene parece aumentar, e ao passar pro você, a freqüência da sirene vai parecer diminuir. Ouça um exemplo aqui.
O efeito doppler é mais critico conforme a freqüência for mais alta. O Doppler é mais perceptível em UHF do que em VHF por exemplo. O efeito Doppler em 144MHz é da ordem de +/-3KHz, ou seja: Se o downlink for em 145.850, no AOS (Acquisition Of Satelite), ou seja, no inicio da passagem a freqüência será de 145.853, no zênite ou TCA (Time of Closest Approach) será de 145.850 (Doppler zero) e no final da passagem ou LOS (Lost Of Satelite) será de 145.847.
Em 430MHz (UHF) o Doppler é cerca de 3 vezes maior ou seja, cerca de 10kHz, exemplo para um downlink em 436.800: Inicio da passagem: 436.810, Zênite: 436.800 e final da passagem 436.790.
Quando o transmissor é que esta em movimento (no caso o satélite transmitindo, ou downlink) o efeito Doppler é subtrativo, ou seja a freqüência tende a de vir do valor mais alto (no inicio da passagem) para o valor mais baixo (no final da passagem).
Já quando o transmissor esta fixo (sua estação, você transmitindo, ou uplink) o doppler é aditivo, ou seja a freqüência tende a de vir do valor mais baixo (no inicio da passagem) para o valor mais alto (no final da passagem), ou seja o inverso do downlink. Fique atento.
Você pode ver essa variação de freqüência clicando sobre a figura abaixo. Neste GIF animado temos uma simulação do Orbitron, de uma orbita do AO-51, observe nos campos marcados em vermelho e azul. A simulação demora um pouco a carregar pois tem 1Mb de tamanho.
Em resumo, o sinal que você recebe do satélite, deverá ser corrigido da freqüência mais alta (no AOS) para a mais baixa (no LOS)e o sinal que você envia para o satélite, devera ser corrigido da freqüência mais alta (no AOS) para a mais baixa (no LOS).
Configurando corretamente o Orbitron.
As descrições das configurações, tomarei como base a instalação em português. Execute-o, note que na janela principal, na parte debaixo tem varias abas, ou orelhas no texto todo irei me referir a "orelhas", ok?
O primeiro passo é colocar no mapa a sua localização, pois em isto não há como ter as previsões para o seu QTH. Clique na orelha "Localização" e coloque o nome da sua cidade. coloque uma abreviação, pode ser o do nome da cidade ou o seu indicativo. Se souber o Localizador (Grid), coloque, que o programa calculara, a latitude e longitude automaticamente, se não souber, pegue a latitude e longitude aqui coloque em "search string" o nome da cidade. A altitude não é um item necessário. Mas no site citado ai atrás, ele lhe dará a altitude média do município. Tudo pronto clique em "Adic.à lista". Procure a cidade pelo nome na lista ao lado direito, selecione e depois clique em "Escolher".
Clique na orelha "Principal", clique no ícone que tema chave de boca e o martelo (configurações), clique na orelha "Sincronização do relógio", na opção servidor ntp, escolha um que inicie com BR, eu uso o "BR ntp.cais.rnp.br", clique no ícone do globo com o raio amarelo. Para isto você deve estar conectado a internet.
Se você tem conexão permanente com a internet (banda larga) marque a caixa "Sincronizar o relógio do PC quando iniciar o Orbibron", dessa forma toda vez que você iniciar o Orbitron, o relógio será sincronizado automaticamente.
Agora clique na orelha "Atualizador do TLE" selecione
"www.celestrak.com - All". Novamente clique no
ícone do globo com o raio amarelo. Aguarde ele baixar todos os pacotes.
Terminado de baixar os pacotes, na mesma janela, ajuste o "TLE
expira (dias):" para 7 dias. Dessa forma, a cada 7 dias o
programa o avisará para fazer as atualizações novamente. Tudo pronto, clique
em OK.
Na janela principal do Orbitron, clique em carregar TLE, e abra o
amateur.txt. Observe, você pode carregar mais de um arquivo de TLE ao mesmo tempo, para isto basta
manter a tecla SHIFT pressionada enquanto seleciona os pacotes.
Na lista que ira aparecer logo acima, selecione os satélites que você quer rastrear.
Para você ter as previsões futuras, faça o seguinte: Clique em
"Conf. previsões".
Nesta janela, DESMARQUE:
Iluminação requerida
Elev. do Sol<
Só fica marcado:
Período de busca: Automática
Localizar passagens para: Ativos
Altere Elev. do Satélite para: 0
No campo Dias, eu deixo 1 ou 2 dias, se quiser mais, é só mudar.
Agora clique na orelha "Previsões", selecione o satélite que você quer as previsões (ele tem que ficar com o circulo em volta do ícone, na tela principal) e clique no botão "Prever".
Se quiser rastrear mais de um satélite, em vez
de Ativos, mude para Rastr.
na orelha "Conf. previsões".
Cada bloco de 3 linhas indica:
- AOS (Acquisition Of Satelite) - horário do inicio da passagem
- TCA (Time of Closest Approach) - horário em que o satélite
atinge a elevação máxima.
- LOS (Lost Of Satelite) - horário do final da passagem.
O item Azimute (Azm) e Elevação (Elv) indicam o posicionamento do satélite, e o Alcance, o diâmetro da área de cobertura proporcionado pelo satélite.
É possível verificar a posição do satélite para o horário previsto, apenas dando um duplo-click com mouse sobre a linha da janela de previsões. Lembre-se de voltar o programa para o modo real, clicando em cima o botão em vermelho SIM logo acima do relógio.
Também é possível fazer o track manual apenas clicando sobre a linha amarela no mapa, ou ainda utilizando-se dos ajustes da orelha "Principal". Os botões <- e -> avançam ou recuam a posição do satélite em um passo, relativamente ao tempo ajustado, no caso 5 minutos. E os botões <<< e >>> fazem uma simulação em avanço ou recuo rápido, automaticamente, com o passo no tempo ajustado.
Você pode ter a posição instantânea do satélite bem como as freqüências de uplink e downlink já corridas (com o efeito doppler), através da orelha "Rotor/Radio".É muito importante acompanhar a variação da freqüência mais alta, pois o doppler em UHF é de cerca de 20 a 30kHz em uma passagem.
O Orbitron oferece muitas outra possibilidade, você pode ir descobrindo aos poucos, mexendo no programa, ele não é difícil de ser entendido. O básico para a sua utilização para o rastreio dos satélites esta descrito neste tutorial.
Ah! Você provavelmente vai se perguntar porque o mapa que uso de fundo nesta imagens é diferente, você pode alterá-lo, através da orelha "Principal" ícone "configurações", escolha a orelha "Mapa Mundi" e troque em "Pré configurações", pelo mapa "Coloured".
O primeiro satélite que trabalhei, foi o saudoso UO-14. Minhas primeiras aventuras com satélites foram bastante improvisadas. Usava o seguinte esquema:
Downlink: HT Kenwood TH-78A com uma quadra-cúbica de 11 elementos, tudo isso na mão e na rua.
Uplink: Gambiarra total, Kenwood TM741A, em função repetidora, ligado em uma antena de 3 x 5/8. A entrada da função era em 220Mhz, e transmitia com um Icom IC-03A ou com o VX-1R (que consegue transmitir até 222MHz com uma gambiarra mas em potencia extremamente baixa, só serve de "microfone sem fio").
Nesta foto, eu estava transmitindo com o VX-1R para o TM741 e recebendo com o TH78, que esta encaixando na parte traseira da gôndola da antena.
Era uma forma bastante improvisada, mas me proporcionaram os primeiros contatos no UO-14. Usei esta configuração por um bom tempo.
Uma configuração bastante simples e pratica (e alternativa a gambiarra acima), é trabalhar com HT e uma pequena antena direcional dual-band, apontada a mão mesmo. Uma boa sugestão de antena é a que descrevo neste artigo. É de fácil construção e fica bastante leve, se usados os materiais adequados, e por trabalhar com um único cabo pode ser usa com um HT dual-band para operação portátil.
Mas um arranjo mais confortável, para operação fixa pode ser conseguido também a um custo bastante modesto, utilizando antenas de polarização circular, em um rotor de apenas azimute e com elevação fixa em torno de 35º. Com esta elevação é possível aproveitar cerca de 95% das passagens dos satélites, pois devido ao tipo de orbita quase sempre acontecem duas orbitas favoráveis com elevações médias entre 15 e 40 graus. Atualmente opero nesta condição, utilizando este conjunto de antenas, com elevação fixa.
Desde 2003 já operei nos seguintes satélites: UO-14, SO-51, AO-51, FO29, AO-7, VO-52, AO-16 e ISS (estação espacial interancional). Praticamente todos os contatos estão anotados no meu log de contatos via satélite (só faço log desta modalidade) e o cartões de QSL recebidos podem ser vistos aqui.
Dicas para uma operação "saudável":
Antes de tentar transmitir, tenha certeza que esta recebendo o sinal do satélite,
nunca tente transmitir sem ter boa recepção, a não ser que queira ganhar o
titulo de "jacaré"
(boca grande, ouvido pequeno) e a antipatia de alguns radioamadores. Receber
bem o satélite é 95% da brincadeira, transmitir são os outros 5% restantes.
Satélite não é igual a uma repetidora terrestre, que simplesmente se coloca a
freqüência no rádio e sai chamando. Exige técnica e muita paciência, repetindo o
acima, não transmita antes de ter recepção perfeita.
Os melhores resultados são obtidos com antenas direcionais. Para os satélites
de baixa órbita (AO-51, SO-50, ISS) uma pequena direcional de 5 elementos para
UHF será o suficiente para o downlink. Veja esta simples antena dual-band feita
com cano de PVC e varetas de fio de cobre. Clique
aqui.
Muitos radioamadores não possuem QSJ para um sofisticado sistema de
rotores de elevação e azimute, então operam com HT e antena a mão ou mesmo
com um rádio normal, mas com a antena na mão. Devido ao seu pequeno tamanho,
fica fácil fazer o direcionamento.Trabalhei muito tempo desta forma (HT + antena na mão).
Nos satélites LEO que trabalham no modo B ou J, via de
regra não se corrige o efeito doppler na banda de VHF, devido que em FM,
o desvio de +/-3kHz é facilmente tolerado pelo receptor do satélite ou pelo
receptor de seu rádio.
Audio:
Abaixo tem algumas gravações de alguns satélites para quem quiser matar a curiosidade de como é o contato via satélite:
Outra atividade bastante interessante é a recepção dos satélites meteorológicos NOAA no modo APT. O equipamento necessário a recepção é bastante simples e acessível.
Tentei a cerca de um ano atrás a recepção com um TM741 da Kenwood, mas o resultado foi sofrível por dois motivos. A antena utilizada era de baixo ganho e seu lóbulo não é adequando a recepção de satélites e tampou era de polarização circular ou linear, e a banda passante do radio projetado para contatos de voz, que não tem largura de banda suficiente no RX, o que prejudica bastante o sinal.
A largura de banda do TM741 é por volta dos 20 ou 25kHz, sendo insuficiente para os 50kHz necessários. Passado cerca de um ano, e como advento do lançamento do novo NOAA-19, resolvi construir um pequeno receptor mais adequado para a recepção de imagens. O projeto escolhido foi baseado no MC3362, devido a facilidade e que também eu já dispunha do CI.
O projeto deste receptor esta nesta página aqui. Sua performance é bastante razoável, a imagem abaixo foi recebida com ele e uma antena de 2 x 5/8 de onda, que por sinal não é uma antena adequada para isto. A idéia é utilizar uma QFH (Quadrifilar Helicoidal) com um pré-amplificador de antena integrado.
NOAA-15 - 14/02/2009 - 20:22utc
Para decodificar as imagens é utilizado um computador PC com placa de som e um software adequando. Há varias opções. Eu optei por usar o WXtoImg. A imagem acima foi recebida com o receptor com o MC3362 e decodificada com o WXtoIMG.
Uma pena que o NOAA-19 será o ultimo satélite com o modo APT. Os próximos virão com o modo LRPT, segundo o site NOAASIS, logo o jeito é aproveitar enquanto dá.
Me preparando para recepção na
Banda S.
Com a morte prematura do AO-40, a AMSAT esta construindo o Eagle. Não sei quando será lançado mas eu já estou me preparando para recepção na banda S.
A receita é velha conhecida, um downconverter de antena MMDS modificado para que a FI caia na banda de VHF. A algum tempo atras ganhei este downconverter da TranSystem AIDC-3031 do Alessandro. Parte da modificação já esta feita, que é remover a pequena antena dipolo e acrescentar um conector N no seu local, e trocar o cristal original por um de 8.8125MHz para que a freqüência de 2.4GHz corresponda a 144MHz.
Downconverter TranSystem AIDC-3031
A antena a grande maioria utiliza uma parabólica offset de 60cm de sky, directv, tecsat ou coisa similar (banda KU), como esta da foto abaixo (não é a de cima heim?). Porem conversando com alguns outros operadores de satélite, em especial o PY4ZBZ - Roland, ele me confirmou algo que me interessou bastante, uma parabólica de banda C de 1,50 metros tem um rendimento muitíssimo melhor do que uma antena de banda KU.
Antes uma nota, as antenas de banda KU em sua grande maioria são de chapa fechada, e as de banda C são teladas. Isso me confundiu um pouco se ela seria adequada a essa freqüência. Sim, funciona muito bem.
Antena de banda KU (a debaixo, eheheh)
Referencias:
http://www.spacetoday.org/Satellites/Hamsats/HamsatsBasics.html
http://www.amsat.org/amsat-new/information/faqs/
http://www.projectoscar.net/
http://www.stoff.pl
http://www.apolo11.com/
http://www.nesdis.noaa.gov/
Handbook do radioamador - Iwan Th. Halász
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